Entenda por que as chamadas e-bikes estão cada vez mais requisitadas

Com o aumento das grandes cidades e a flexibilização das normas contra a covid-19, o trânsito fica cada vez mais carregado. Isso prejudica os motoristas, pedestres e passageiros do transporte público.

Não é somente todo o estresse causado por passar horas em um congestionamento. Nossos compromissos e o nosso bolso também são afetados, já que o carro gasta gasolina e bateria quando está ligado mesmo em momentos de inatividade.

Por isso, as autoridades vêm investindo em infraestrutura e incentivo a formas de transporte alternativo. Uma delas é a construção do sistema cicloviário.

Na grande São Paulo, por exemplo, há 648 km de vias com tratamento cicloviário permanente, sendo 651,9 km de ciclovias/ciclofaixas e 32,1 km de ciclorrotas.

Também há pouco mais de 7100 vagas em 72 bicicletários e 802 vagas em 29 postos com paraciclos. Todos espalhados no complexo de transporte da cidade.

Além das bicicletas convencionais, as opções elétricas também vêm ganhando cada vez mais espaço nas ruas.

De acordo com a Aliança Bike, associação brasileira de empresas do setor de bicicletas, a produção e importação de bikes elétricas cresceu em 24,5% entre os meses de janeiro e agosto de 2021 em comparação ao mesmo período do ano anterior, somando um total de 26.671 unidades.

A previsão é que esse número seja ainda maior até o final de dezembro, com um total de 43 mil bicicletas vendidas – um recorde no setor.

Opção de transporte sustentável

Uma cidade mais saudável precisa de uma diminuição significativa de veículos que funcionam à base de motor a combustão. Isso porque a queima de combustíveis é bastante prejudicial ao meio ambiente.

Obviamente, as e-bikes - como também são chamadas as bicicletas elétricas, têm uma pegada de carbono muito menor do que carros e motos.

De acordo com alguns estudos, o usuário desse tipo de bicicleta pode economizar, todos os meses, até 360g de CO2.

Mais saúde

Pode parecer estranho dizer que essas bicicletas também são uma forma de se exercitar, afinal, não são elétricas?

O que acontece é que o motor dessas bikes não têm função de acelerador. Ele serve como uma assistência na hora de pedalar, deixando-as mais leves e fáceis de conduzir.

Isso é ótimo para quem ainda está começando a se acostumar a uma rotina de exercícios ou para quem tem algum tipo de limitação, como idosos ou outras pessoas com mobilidade reduzida.

Andar de bicicleta também é ótimo para eliminar aqueles quilinhos a mais. É possível queimar até 400 calorias em uma hora de pedaladas contínuas, além de fortalecer e tornear os músculos, principalmente dos membros inferiores.

Praticar essa atividade também estimula a liberação de endorfinas na corrente sanguínea, promovendo uma sensação de bem-estar. Os resultados são tão positivos que podem até mesmo ajudar no tratamento de ansiedade e depressão, por exemplo.

Praticidade

As e-bikes permitem que você escolha quando quer fazer esforço. Além de deixá-las mais leves, os motores também podem ser acionados naqueles trechos que exigiriam mais força nas pernas, como ladeiras.

Enquanto você pedala normalmente por ruas planas, pode deixar que o motor trabalhe naquela subida que te faz suar só de pensar.

Outra ótima característica que vai facilitar a sua vida é que alguns modelos são dobráveis, então podem ser guardados mesmo nos menores espaços

E por serem levinhas, são fáceis de carregar quando estão dobradas. Seja para subir de elevador até o andar do seu apartamento ou porque você simplesmente não quer mais pedalar e prefere seguir caminhando.

As baterias são removíveis, então pode deixar a bicicleta no estacionamento do seu trabalho ou de casa - ou, quem sabe, dobrada e guardadinha no armário - e carregar em qualquer tomada. Uma carga completa demora cerca de 4 horas.

Mobilidade urbana

A lógica é simples: se menos pessoas usam carros particulares, o trânsito fica menos carregado e o cotidiano urbano fica muito mais agradável, beneficiando a todos.

Quando alguém decide deixar o carro na garagem e opta por chegar ao trabalho de bicicleta - seja a elétrica ou convencional –, já está fazendo um grande favor à saúde da mobilidade local.

Nas grandes metrópoles - como é o caso de São Paulo –, existem faixas extensas de ciclovias, o que garante mais segurança aos ciclistas para circular por aí com mais tranquilidade. 

Economia

É verdade que as bicicletas elétricas são mais caras que as convencionais. Porém, elas podem ser mais baratas que vários smartphones de última geração.

O que acontece é que investir em uma e-bike vale a pena, principalmente quando você pensa no custo-benefício a médio e longo prazo.

Enquanto um carro tem diversos custos de manutenção, multas, estacionamento, impostos e combustível – lembrando que o preço da gasolina, álcool e diesel sofreu um crescimento assustador nos últimos meses –, as e-bikes só precisam de energia elétrica e das suas pernas.

Somando todas as despesas de um carro, é fácil chegar a uma conta de até quatro dígitos. Porém, essas bicicletas gastam, em média, R$0,02 centavos por cada quilômetro rodado. É uma diferença e tanto, não?

É claro que isso não significa que você precisa se desfazer do seu carro, mas pode também ter uma outra alternativa de locomoção para quando o veículo não for completamente necessário.

Quem tem carro pode administrar melhor os gastos contratando um seguro auto pay per use – nele, se paga apenas a quilometragem utilizada no mês – e usar a bike naqueles dias de trânsito difícil. Isso ajuda a poupar tempo, níveis de estresse e o seu bolso.

 

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